terça-feira, 16 de novembro de 2010

Eu, você, eles. Nós e a Aids.

O coquetel trouxe não só uma vida prolongada e de qualidade para os portadores do HIV, como também comodismo por parte da sociedade, que hoje enxerga a doença com mais tranquilidade e passividade. Não há mais aquele temor da década de 80 e 90 em relação à doença. E é ai que mora o perigo. Porque a Aids está aí: em todo lugar. Todas as pessoas são vulneráveis ao vírus. Afinal, o sexo está em todo lugar.
Se antes a Aids era doença de gays ou de usuários de drogas, hoje ela não escolhe opção sexual ou idade. Homens e mulheres héteros correm os mesmos riscos de adquirir o vírus, assim como os idosos. Sim, até a terceira idade tem Aids, e como tem. Velhos não morrem só do coração, de reumatismo ou diabetes. Morre de HIV também, porque, como disseram os profissionais de saúde, ensinaram aos idosos que eles podem ter uma vida sexual ativa – graças aos medicamentos, como o Viagra -, mas esqueceram de avisar a eles que devem usar preservativo – o que muitos nunca usaram, pois quando jovens não se falava e não se pensava em Aids.
Tem as crianças também. Crianças frutos de portadoras do vírus e crianças que se infectaram através do sexo mesmo. Com 10 anos as meninas estão engravidando, logo, é com essa idade que as crianças podem pegar o vírus. A liberdade tem seu preço. Sexo para todos, Aids para todos também.
Segundo os profissionais da saúde, a doença não tem diminuído. Aqui no município há um controle do vírus, mas não uma diminuição efetiva. Usar camisinha parece ser muito mais difícil do que de fato é, não é mesmo?