Quando se fala em Aids, na maioria das vezes, pensamos em situações tristes, nas dificuldades que um soropositivo possui, nas restrições que o HIV traz à vida de quem o contrai. Clichês.
Olívia*, 44 anos, soropositivo desde 2004, mostra que sua vida é tão normal quanto a de qualquer outro cidadão. “Trabalho, namoro, vou aos bailes, converso com todo mundo”, afirma. Para ela, não tem tempo ruim. “Sou uma pessoa feliz e tem muita gente que gosta de mim”.
Ela, viúva há 4 meses, já arrumou um novo parceiro, com quem, nesta semana, começa a morar junto. Sobre o relacionamento, Olívia garante que seu namorado não se espantou quando soube que era soropositivo. “Nos cuidamos sempre”, ressalta. “Eu venho aqui [ambulatório] e peço uma caixa de camisinha”, fala espontaneamente.
Os profissionais da saúde são bastante atenciosos com os que vão chegando. Uma realidade bem diferente da qual imaginávamos. Em nosso primeiro encontro, constatamos que um olhar apenas sobre a Aids é pouco. Até a conclusão do livro, nossos olhos, com certeza, imprimirão vários outros olhares, diversas perspectivas.
*Nome fictício. Optamos por nomes fictícios para preservar a identidade de nossos entrevistados.
terça-feira, 27 de julho de 2010
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